tag:blogger.com,1999:blog-89631019602099040472024-03-13T16:26:33.947-03:00Caminho de voltaTodos temos o secreto e profundo desejo de voltar para casa...Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.comBlogger88125tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-6001503024389345322021-04-24T00:22:00.001-03:002021-04-24T00:22:26.772-03:00Wu Hsin - A Compreensão Absoluta<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/OF0D8FpqOmQ" frameborder="0"></iframe>Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-15579961722774417352021-04-10T15:24:00.000-03:002021-04-10T15:24:09.411-03:00Galeano - El Pastito<iframe style="background-image:url(https://i.ytimg.com/vi/3zr0qFKH_to/hqdefault.jpg)" width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/3zr0qFKH_to" frameborder="0"></iframe>Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-74759121840076567212015-06-08T14:51:00.001-03:002015-06-08T15:19:45.231-03:00canção inacabadafalo de uma canção inacabada.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2lYo94c0lEz4PUzDjN5kPggx5lfbjscudtZ3q-JIcxCPV9w6Pgr1YsJLFpHcFmfAY9SPc6F7ijvIyixxvsGnphyUvEoixlwlC_8E-mmb6_YAoARDGjQ9XAHDBUWjTewuMeqUgWLhQYppN/s1600/solitario.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2lYo94c0lEz4PUzDjN5kPggx5lfbjscudtZ3q-JIcxCPV9w6Pgr1YsJLFpHcFmfAY9SPc6F7ijvIyixxvsGnphyUvEoixlwlC_8E-mmb6_YAoARDGjQ9XAHDBUWjTewuMeqUgWLhQYppN/s400/solitario.jpg" width="265" /></a></div>
que ecoa desde antes dos nascimentos<br />
soa agora<br />
e há de ressoar além da morte.<br />
<br />
soprada da torre mais alta<br />
fincada no firmamento<br />
depois de todas as sombras<br />
onde<br />
um ser solitário<br />
dedilha seu instrumento.<br />
<br />
falo da voz que nos cala<br />
sem que sequer a ouçamos.<br />
falo da voz que nos fala<br />
no mais profundo silêncio<br />
sua ária<br />
<br />
de solfejos, dissonâncias<br />
e desenhos de escala<br />
em notações de beleza<br />
sobretons e harmônicos.<br />
<br />
falo da flor que se fecha e abre<br />
conforme a nota e o acorde<br />
diante das flechas do tempo<br />
e as dribla, com novo arpejo.<br />
<br />
falo da voz do desejo<br />
falo do amor comovido<br />
que, transcendendo os sentidos,<br />
pela música transporta<br />
as frequências do espírito<br />
<br />
nessa canção.<br />
<br />
Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-43184174978846367692012-01-10T13:54:00.000-02:002012-01-10T13:54:48.932-02:00<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ak4nYoTeuAI?version=3&feature=player_detailpage"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/ak4nYoTeuAI?version=3&feature=player_detailpage" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="360"></object>Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-20753974860546749482012-01-10T13:34:00.002-02:002012-01-18T13:15:58.634-02:00A teus pés<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmPa7aYSaUhdTk9vsfphJxOKBmVYaHDBbdccMJtUzT0fvhk4yMaV44M2l_YdlDgCvQQRXsbIFxORZBVKYEQy1bearji3KNYoSdLOKbfg-tEp2MlQVJzw8tXXyxT-fppNi7XZh8P7W6ldx/s1600/sol.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="181" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmPa7aYSaUhdTk9vsfphJxOKBmVYaHDBbdccMJtUzT0fvhk4yMaV44M2l_YdlDgCvQQRXsbIFxORZBVKYEQy1bearji3KNYoSdLOKbfg-tEp2MlQVJzw8tXXyxT-fppNi7XZh8P7W6ldx/s320/sol.jpg" /></a></div><br />
<br />
<br />
Corpos sem lugar<br />
olhares obtusos<br />
jamais hão de enxergar<br />
as mortes que sofri<br />
para viver-te.<br />
<br />
E vão se engalanar<br />
faces sem rosto<br />
no semblante<br />
que não vemos<br />
porque todos são iguais.<br />
<br />
Morresse bilhões de vezes<br />
e te reconheceria<br />
entre os passantes<br />
porque todos estariam apagados.<br />
Tu somente, luz.<br />
Tu somente, estrela.<br />
<br />
E não te perderia<br />
ainda que sumisses<br />
no pó das mutações.<br />
Ainda que gota fosses<br />
entre milhares:<br />
serias uma igual<br />
de todas diferente.<br />
<br />
E eu te amaria<br />
mesmo ausente<br />
pois és o selo último;<br />
presença<br />
que se eterniza<br />
fora do tempo.<br />
<br />
Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-58947499330321341632011-11-26T13:06:00.001-02:002011-11-26T13:08:10.801-02:00Como o último pó dos astros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitFbM3z5EK85FPq_etuEYHSmNMGAZzIHo0fRenYIPxX_cDl3lcPiimVJnQU-B67enYI3iORR0hYTfVtmbcyBs8nZhiW6-kuS-DkPJg2-UBIg4ec0mw-z-pIFed4JqKp6djeqbQOgaLMMdi/s1600/sama.bmp" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="289" width="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitFbM3z5EK85FPq_etuEYHSmNMGAZzIHo0fRenYIPxX_cDl3lcPiimVJnQU-B67enYI3iORR0hYTfVtmbcyBs8nZhiW6-kuS-DkPJg2-UBIg4ec0mw-z-pIFed4JqKp6djeqbQOgaLMMdi/s320/sama.bmp" /></a></div><br />
<br />
Sob o sol de novembro cumpro teus passos.<br />
Irei aonde fores, por meus pés.<br />
Acordo como qualquer homem<br />
que se levanta pela manhã e planeja seu dia.<br />
Mas não há destino para o homem <br />
senão cumprir tua sina.<br />
Carregasse milênios de conhecimento<br />
e seria tua criança, afoita e desejosa.<br />
<br />
Tenho um par de pernas e milhões de pensamentos;<br />
viajo sem caminhar, e às vezes caminho.<br />
Como o último pó dos astros<br />
levado ao teu encontro.<br />
Seja como vá<br />
de onde quer que parta<br />
e aonde quer que chegue,<br />
cada ida é ao teu encontro<br />
cada chegada é para encontrar-te<br />
não importa como caminhe.<br />
<br />
Sabendo-me tua criança<br />
apenas sigo a sombra que se projeta<br />
antes de mim;<br />
apenas confio... e sigo o fio da tua lembrança.<br />
<br />
Na tua lembrança meu destino,<br />
sem fim ou começo.<br />
Somente me engano<br />
quando esqueço de recordar<br />
que, ao sol de qualquer estação,<br />
irei aonde fores, por meus pés.<br />
<br />
Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-39313222889437326732011-10-29T11:31:00.000-02:002011-10-29T11:31:45.707-02:00A (in)consciência de siO ato em si se faz<br />
ainda que penses<br />
como?<br />
<br />
Pensas sem saber<br />
quão independente de ti.<br />
<br />
E andas por aí<br />
como quem tem respostas;<br />
te comportas<br />
como<br />
quem sabe as perguntas,<br />
ó caiado muro!<br />
<br />
E te regalas<br />
dentro desta casca,<br />
pérola olvidada.<br />
<br />
Incorporas<br />
tudo que vem de fora<br />
olhos que não janelas<br />
mas saídas emergentes.<br />
<br />
Enredado,és refém<br />
do ato que te conduz<br />
a despeito do que penses.<br />
<br />
Regalado no engodo<br />
estremece teu corpo<br />
quando a alma diz, sem logro:<br />
- implode a casca, <br />
filho da luz,<br />
e sê maior que o ato,<br />
sê maior que o espaço,<br />
sê maior que o mundo.<br />
<br />
Sê como óleo em gota<br />
derramado no papel:<br />
penetra a essência das coisas<br />
descobre teu próprio céu<br />
implode essa casca oca<br />
que abafa teu coração<br />
para, anterior ao ato,<br />
ser último e primeiro!Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-68320058936789403132011-10-06T11:55:00.000-03:002011-10-06T11:55:12.089-03:00Empíreo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin5fwhyGCF0VgiJlJ2UDzRbQAd_haSCqzxQe9kqul3X3CHLzaNQzHsfV3Y3CmFlQC2enMe2GP-btmSxVrBe9WuzwDMBl7NAp2LA5cf4qLSBJ09jUcIBrzSto6VD3hcJLcgHM3EXRZ9-bmY/s1600/800px-Sky_over_Washington_Monument.JPG" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin5fwhyGCF0VgiJlJ2UDzRbQAd_haSCqzxQe9kqul3X3CHLzaNQzHsfV3Y3CmFlQC2enMe2GP-btmSxVrBe9WuzwDMBl7NAp2LA5cf4qLSBJ09jUcIBrzSto6VD3hcJLcgHM3EXRZ9-bmY/s320/800px-Sky_over_Washington_Monument.JPG" /></a></div><br />
EMPÍREO<br />
<br />
A turva emoção te procurava<br />
em límpidas paragens.<br />
Quis pronunciar teu nome<br />
ante o olhar mais belo.<br />
<br />
Quis seguir-te, trôpego, por meus descaminhos,<br />
e dizer-me teu, não sendo,<br />
e dizer-te meu, quando (Eu) não era.<br />
<br />
Pois o que queria ainda quero<br />
e o que quero agora, se ainda quiser,<br />
será noutro tempo o querer de agora,<br />
mas... E tu? E tu? E tu, que viajas fora<br />
e que estando dentro fácil não se alcança<br />
e que alcançado longe é, embora<br />
aquele que alcança creia, no momento,<br />
ter-te sem te ter, ainda não te sendo,<br />
pois se um dia for, não terá sido.<br />
<br />
Melhor, sei que nada sou, no fundo,<br />
e que sendo nada maior sou que o mundo,<br />
porque nada sendo, que querer preciso?<br />
<br />
Extingo esse eu e na extinção diviso<br />
o que procurava refletido:<br />
no meu coração o paraíso.<br />
<br />
Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-36969036368577275492011-10-06T11:52:00.005-03:002011-10-06T11:52:58.815-03:00Tributo ao silêncioQuanto mais tagarelo me confundo<br />
tanto mais confundido me atrapalho,<br />
minha língua é refém de ato falho<br />
e eu falho falando a todo mundo<br />
<br />
a rota do desejo mais profundo<br />
que fulgura em meus olhos, feito atalho<br />
e permite que os outros, sem trabalho<br />
mais que eu me conheçam, e mais fundo.<br />
<br />
Me abster do discurso? Sofro e calo.<br />
Mas calado mais sofro, então eu falo,<br />
mas falando também não me contento.<br />
<br />
Eu queria dizer, bem, o que sinto,<br />
quando digo, porém, eu sei que minto,<br />
misturando razão com sentimento.<br />
<br />
Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-73043117365258452292011-09-29T09:55:00.000-03:002011-09-29T09:55:48.430-03:00Todos os sóis e estrelas cabem na nossa aspiração...Me ensina a polir espelhos, Senhor...<br />
<br />
<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-NZjuUQW1KY?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/-NZjuUQW1KY?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="360"></object><br />
<br />
...para que se extingam o eu e o tu...Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-74806537210014412452011-09-25T11:46:00.000-03:002011-09-25T11:46:23.492-03:00Busca ao senhor dos cavalos<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/EhVLiHPUOIM?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/EhVLiHPUOIM?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="360"></object><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ReZL5FwYTVNQyHL0SiloHmMRmN77OUwpnb1g6eCHj2t199nzGg-JEukueLwOcokGhq7pOc7UMuAUVKr4GjDMGzjAA_y38izN4og1DEh3YXPSSf5KU2ZYVaoOUEYCLYxvCOTqeXGWW2yL/s1600/56376_Papel-de-Parede-Cavalos-Selvagens--56376_1024x768.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ReZL5FwYTVNQyHL0SiloHmMRmN77OUwpnb1g6eCHj2t199nzGg-JEukueLwOcokGhq7pOc7UMuAUVKr4GjDMGzjAA_y38izN4og1DEh3YXPSSf5KU2ZYVaoOUEYCLYxvCOTqeXGWW2yL/s320/56376_Papel-de-Parede-Cavalos-Selvagens--56376_1024x768.jpg" /></a></div><br />
Desde que os vislumbrastes, persegues cavalos selvagens. Estão todos ali. Estão todos aí, nos campos da tua mente. Cavalos do pensamento, que correm pelo pasto. O pasto da imaginação. O pasto da tua ação. Em prados que nunca existiram.<br />
Desiste de domá-los. Esquece teus cavalos. Não é este o teu fim. A meta não é domá-los.<br />
Busca ao senhor dos cavalos, perante o qual silenciam, diante do qual rodopiam e se desfazem, feito poeira na bruma... como que gotas de espuma a se desfazerem no mar. Erige ali teu altar, teu nicho de adoração. Estrela vespertina fulgindo no coração, além de toda pastagem, além da imaginação.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-68703502825816993852011-09-25T11:16:00.003-03:002011-09-25T11:21:58.270-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh96oVTubcyHezCTPxGQd2ha5UBHb5NPvZHCaWCZXUKmekif5zFhgnGHgnd2JQ21pZ4VN7fHNsihAAAJEVkyZwYOpCR2TEHnuDNpX7W1SGaqdxPFhSsXjXC6ezDCDlrzN7BQ0jRVFvGmxcS/s1600/imagesCAIMVL7J.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="254" width="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh96oVTubcyHezCTPxGQd2ha5UBHb5NPvZHCaWCZXUKmekif5zFhgnGHgnd2JQ21pZ4VN7fHNsihAAAJEVkyZwYOpCR2TEHnuDNpX7W1SGaqdxPFhSsXjXC6ezDCDlrzN7BQ0jRVFvGmxcS/s400/imagesCAIMVL7J.jpg" /></a></div><br />
Você talvez se agarre a teorias. E acenda archotes que esclareçam a dinâmica da curva. Mas caminhos sinuosos serão sempre assim.<br />
A linha que se estica também se contrai, e se estica novamente, depois de contraída. A curva são espasmos de milhões de retas.<br />
A vida, como a curva, não concede metas. Ela própria é, e retas atropela. Vida é espasmo que não se completa.<br />
Você talvez se pense como sentimento. E ascenda assim sozinho, em vôo místico. Mas teu vôo é teu vôo apenas, não mais que. Ninguém (se) ajustará a tua ascese.<br />
Não há detrás da face um rosto que revele o gosto da verdade: viver é verdade disfarçada. A corda, contraída ou esticada, a corda, como reta ou como curva, a corda como corda, mais nada.<br />
Viver é verdade disfarçada.<br />
Afirmas tudo que te foi negado: suspenso no futuro, no passado, vegetas no presente, sem tu mesmo, vazio de sentido, atordoado, dormitas sobre a arca do tesouro, cedendo mais valia aos próprios trapos, enxergam, mas não vêem os teus olhos.<br />
Saber é arrancar escamas da visão. Como pode ser tua verdade o que um olho crê e o outro abomina?<br />
Além de todas as esquinas só há realidade.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-89901530236626477592011-09-25T11:03:00.002-03:002011-09-25T11:03:20.166-03:00<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/kXDiGtgPL6E?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/kXDiGtgPL6E?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="360"></object>Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-49628658520215268242011-08-05T12:38:00.000-03:002011-08-05T12:38:01.046-03:00A sarça é o serNasceste com olhos invertidos.<br />
Nascemos todos assim:<br />
olhos mundanos para dentro,<br />
olhos da alma para fora.<br />
<br />
Portanto, se te disserem “cego”, cala-te.<br />
Aquele que tem a sorte de notar tal inversão<br />
pugilará com a própria sombra<br />
até que a mesma se dissipe.<br />
<br />
Não é teu destino fazer sombra<br />
senão ser espelho do sol.<br />
Cabe que revolvas teus olhos<br />
até que o universo se alinhe<br />
à visão fecunda da alma.<br />
<br />
Se os homens soubessem<br />
abandonavam excessivo fausto:<br />
o que valem mil castelos<br />
ante uma única estrela?<br />
Se os homens soubessem<br />
sentiriam que a sarça<br />
é o sol ardente do espírito.<br />
<br />
O que é a posse<br />
senão sombra avistada por olhos inversos?<br />
<br />
Na verdade sequer precisas destes olhos.<br />
Revolve-os, até que caiam<br />
e então verás as coisas como são.<br />
<br />
Hoje senti o sol de minh’alma<br />
em lapsos de segundos<br />
que ainda não sei prolongar.<br />
Graça ou conquista, não importa,<br />
hoje senti a sarça ardente do meu coração,<br />
a tocha inflada do amor se expandindo do meu peito<br />
e acendendo milhares de piras e constelações!<br />
<br />
Hoje, por frações de segundos,<br />
minh’alma ocupou o mundo e seguiu além dele,<br />
o universo aquietou-se no regaço do meu ser,<br />
eu fui o universo e o universo fui eu,<br />
até que segui além de onde<br />
não existe nome, nem palavra.<br />
Então eu não estava em mim, e era.<br />
E sendo eu mesmo, seguia muito além de mim,<br />
e do que fosse possível imaginar.<br />
<br />
Hoje, o céu tornou-se meu tugúrio<br />
e o sol regurgitou-se dos meu olhos bem abertos,<br />
feito uma cascata de astros iluminando o desamparo.<br />
<br />
Hoje, o Amado fez de meu casebre<br />
o mais suntuoso palácio<br />
e erigiu em meu rincão a mais alta torre,<br />
para alinhar, aos meus olhos,<br />
a bem-aventurada visão da Realidade.<br />
<br />
Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-20284678730385839002011-07-11T16:28:00.002-03:002011-07-11T16:28:55.646-03:00Presença<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqJW6euyEaejhJrfRJ4dzUFyXlz8hMSDw9Zp-Mgpn56IlEsNJKtzvHX4jIpNWvBjmqIlHNDAcHMDaHpMVTC5NCwRw2-sctIUpzYzxoid7plUh3i2tPkRY6JM54gaCY-j-BqLGkqx_VD8Iv/s1600/INVOCA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqJW6euyEaejhJrfRJ4dzUFyXlz8hMSDw9Zp-Mgpn56IlEsNJKtzvHX4jIpNWvBjmqIlHNDAcHMDaHpMVTC5NCwRw2-sctIUpzYzxoid7plUh3i2tPkRY6JM54gaCY-j-BqLGkqx_VD8Iv/s400/INVOCA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" /></a></div>Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-31774848896672821892011-07-08T09:56:00.002-03:002011-07-08T09:56:15.768-03:00Dois poemasGESTAÇÃO<br />
<br />
<br />
<br />
O profundo fundo mar absoluto<br />
<br />
é uma concha recolhida que ausculto<br />
<br />
<br />
<br />
uma concha de outro mar que se perdeu<br />
<br />
uma concha do oceano que era eu<br />
<br />
<br />
<br />
mar imerso no oceano do teu útero<br />
<br />
oceano do infinito absoluto<br />
<br />
<br />
<br />
no infinito do cordão umbilical<br />
<br />
quando sol eu era, feito sal<br />
<br />
<br />
<br />
da Terra. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
MOTO-PERPÉTUO<br />
<br />
<br />
<br />
Nívea nuvem sobre o negro coração<br />
<br />
nunca a noite foi tão clara como então.<br />
<br />
<br />
<br />
Nunca o ritmo do rio que retorna<br />
<br />
com seu rito repetido se renova<br />
<br />
<br />
<br />
posto que águas abundantes amealhem<br />
<br />
comuns cursos que comuns nunca serão.<br />
<br />
<br />
<br />
Passam rios diferentes pelo leito<br />
<br />
e meu rosto diferente é o mesmo<br />
<br />
<br />
<br />
pois diversa a imagem ao espelho<br />
<br />
não diverge da imagem que não vejo.<br />
<br />
<br />
<br />
Eu aspiro ao que não tenho; o que quero<br />
<br />
está longe do que alcanço e postergo<br />
<br />
<br />
<br />
quando alcanço algo outro é meu desejo.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-60392863448740601292011-07-05T11:50:00.001-03:002011-07-05T11:50:57.728-03:00Ecoa em mim o som da flauta de bambu...<br />
E a lágrima que escorre pela face desce pela nuvem,<br />
E os braços fortes do vento são os que embalam a criança,<br />
E o verme que consome a morte é o que alimenta a vida.<br />
Aqui um velho falece ali nasce um pequenino,<br />
Os ombros que se curvam são aqueles que se abrem,<br />
O sol que queima o rosto também beija a lua.<br />
<br />
Então eu compreendo a vida quando ecoa a flauta...<br />
Porque, dentro de mim, não há mais nada.<br />
<br />
A flauta quando toca me separa<br />
De tudo que não sou e aí sou tudo<br />
E tudo a mim se mostra de maneira clara.<br />
<br />
Assim a flauta ecoa sem passado,<br />
A flauta ecoa assim sem ter futuro,<br />
Além do que é agora não há nada.<br />
<br />
Se a flauta ecoa em mim me desconheço,<br />
Aquele que a ouve sou e é mais que eu,<br />
Aquele que a ouve é a própria flauta,<br />
Aquele que a ouve é a melodia,<br />
Aquele que a ouve é sua alma.<br />
<br />
A flauta quando ecoa é sua alma<br />
Na alma que há em mim e em tudo à volta.<br />
O mundo é sua alma e sua flauta.<br />
<br />
Assim percebo a vida que não vejo<br />
Com olhos que não tenho<br />
E ouço a melodia sem ouvidos<br />
Porque, dentro de mim não há mais nada.<br />
<br />
A mesma coisa encerram ocaso e alvorada,<br />
A música que há em mim é a mesma que te embala.<br />
Da flauta de bambu ecoa a lágrima<br />
Que desce pela nuvem e pela face<br />
E quando se encontram outro sol nasce<br />
E tudo se aquieta, nada se separa.<br />
<br />
Eu ouço o som da flauta e agora entendo<br />
além do que eu pense, ou compreenda,<br />
E além do que eu sinta, ou me emocione,<br />
O som da flauta une a quem separa<br />
E muitas tantas são as árias,<br />
Sim as árias<br />
Que ecoam numa só<br />
Eternamente,<br />
A flauta que ecoa em nossas almas.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-73057185996682610132011-06-22T13:26:00.000-03:002011-06-22T13:27:06.779-03:00Seio de Minas<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/1ux38zbTVSo?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/1ux38zbTVSo?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></object><br /><br />Eu nasci no celeiro da arte<br />No berço mineiro<br />Sou do campo da serra<br />Onde impera o minério de ferro<br /><br />Eu carrego comigo no sangue<br />Um dom verdadeiro<br />De cantar melodias de Minas<br />No Brasil inteiro<br /><br />Sou das Minas de ouro<br />Das montanhas Gerais<br />Eu sou filha dos montes<br />Das estradas reais<br /><br />Meu caminho primeiro<br />Vi brotar dessa fonte<br />Sou do seio de Minas<br />Nesse estado um diamante.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-91805257183807118862011-06-22T13:10:00.002-03:002011-06-22T13:21:56.086-03:00The Verve - One day<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/rMmIi7psuzM?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/rMmIi7psuzM?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></object><br /><br />Talvez um dia nós iremos dançar novamente<br />Sob os céus em fogo<br />Talvez um dia voce ame novamente<br />Amor que nunca morre<br /><br />Um dia talvez voce verá a terra<br />Tocará a areia<br />Voce esteve nadando no mar solitário<br />Sem companhia<br /><br />Oh, voce não quer encontrar?<br />Não consegue ouvir essa beleza na vida?<br />As estradas, as montanhas, atravessando sua vida?<br />Não consegue ouvir essa beleza na vida?<br /><br />Talvez um dia voce vá chorar novamente<br />Como uma criança<br />Voce tem que se amarrar ao mastro, meu amigo<br />E a tempestade vai terminar<br /><br />Oh,voce não quer encontrar?<br />Não consegue ouvir essa beleza na vida?<br />As estradas,as montanhas,atravessando sua vida?<br />Não consegue ouvir essa beleza na vida?<br /><br />Oh, você está com tanto medo de tocar,<br />Tanto medo que irá gostar tanto,<br />As estradas,as montanhas,atravessando sua vida?<br />Não consegue ouvir essa beleza na vida?<br /><br />Talvez um dia eu dance novamente<br />Um dia eu amarei novamente<br />Um dia nós dançaremos novamente<br />Você sabe que tem<br />que se amarrar ao mastro meu amigo<br />E a tempestade vai terminar<br />Um dia você amará de novo<br />Você tem que se amarrar ao mastro meu amigo<br />E a tempestade vai terminarJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-1031841224835425382011-01-23T14:56:00.003-02:002011-01-27T09:38:20.531-02:00Amar é não ter escolha<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq1wIjgZJ_BDkDTVk15Hminz-Ie14G2knVxcg7zsijq9JAg_l39GTL3cLk-FDB01BEH7rRlrl69iwXjC2mrbSBiPLP5HIIx1PT_MwCyOUdk1PF5xjpZs87f_fe64JvVu9mJBYhf0RTS_Qb/s1600/planetas_sao_destruidos_quando_caem_em_estrelas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq1wIjgZJ_BDkDTVk15Hminz-Ie14G2knVxcg7zsijq9JAg_l39GTL3cLk-FDB01BEH7rRlrl69iwXjC2mrbSBiPLP5HIIx1PT_MwCyOUdk1PF5xjpZs87f_fe64JvVu9mJBYhf0RTS_Qb/s400/planetas_sao_destruidos_quando_caem_em_estrelas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5565426694478867106" /></a><br /><br />Amar é ter todas as opções e apenas uma escolha...<br /><br />Quando você descobre que não há escolha<br />que importância pode haver<br />neste ou naquele atalho<br />se todos vão dar no mesmo?<br /><br />A escolha é quem te escolhe<br />então duvide da mente<br />duvide do mundo<br />duvide das pessoas<br />e acolha o que diz o coração.<br /><br />Quando não há escolha <br />você apenas ouve na alma<br />os sussurros da vida<br />e segue...<br />Quando se coloca a intenção<br />com toda a ternura do ser<br />o caminho se abre como janelas<br />para um céu de promissão<br />e realidade aqui, agora...<br /><br />O céu se abre quando cessa a escolha.<br />A vida inteira você tem oscilado<br />entre sim e não, isto e aquilo.<br />Durante toda a vida você tem sido<br />escravo da dúvida:<br />ora acatando a resposta <br />que outros deram por você,<br />ora acolhendo sem questionar<br />meras opiniões.<br /><br />Como você pôde ser refém por tanto tempo?<br />E acolher tantas respostas<br />que não lhe dizem respeito<br />quando sequer sabia pronunciar as perguntas?<br /><br />Como pôde você ter se enganado assim?<br /><br />Ó, para aquele que deu um único passo real<br />não existe mais opção, nem retorno...<br />Ao olhar seus pares humanos<br />enxergará além de seus olhos, e não será visto;<br />falar-lhes-á da não escolha <br />mas não será ouvido;<br />tocar-lhes-á com dedos da alma<br />e não será sentido.<br /><br />Este é o nexo de <br />estar no mundo sem ser do mundo.<br />Aqueles que poderiam vê-lo<br />não estarão por perto.<br />Aqueles que poderiam ouvi-lo<br />não terão como responder.<br />Aqueles que o sentiriam<br />não poderão atestar.<br />Não como fazem olhos, ouvidos <br />e tatos desse mundo.<br /><br />Aqueles que dele sabem<br />estarão longe, e tão perto<br />(e ele sabendo daqueles).<br />Irmãos do caminho são solitários,<br />mas cheios da presença;<br />porque ultrapassaram a dúvida<br />e todos os atalhos.<br /><br />Ah, o caminho do amor <br />é como a luz de todas as estrelas<br />e seu brilho a única alternativa.<br /><br />Amar é não ter nenhuma escolha.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-54906161554514442382010-12-14T11:15:00.002-02:002010-12-14T11:16:15.803-02:00Prece de Natal<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW3gI7wXno-8fKnz4u_dV9fGAAduZ1acEaUmKfiMtrouzbySQ9l30p2jSpllwAGzQSbMJGvDxCe_Mc5dQPtqwZa-0RAdIRFqAwAjj0olQ74IRNoDvHQgASdOi4kTUwAlKxjq4d_MPz0ba3/s1600/o+c%25C3%25A9u+n%25C3%25A3o+%25C3%25A9+o+limite+02.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW3gI7wXno-8fKnz4u_dV9fGAAduZ1acEaUmKfiMtrouzbySQ9l30p2jSpllwAGzQSbMJGvDxCe_Mc5dQPtqwZa-0RAdIRFqAwAjj0olQ74IRNoDvHQgASdOi4kTUwAlKxjq4d_MPz0ba3/s400/o+c%25C3%25A9u+n%25C3%25A3o+%25C3%25A9+o+limite+02.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550526031885268802" /></a><br /><br />Senhor, o que serão os dias futuros<br />senão um acúmulo de agoras?<br />Fazei do nosso instante<br />a presença da eternidade.<br /><br />Senhor, o que é o tempo passado<br />senão a lembrança de algo que não é mais?<br />Fazei-nos inteiros sempre,<br />para que a lembrança não amargue em saudade.<br /><br />Senhor, o que é fidelidade<br />senão a alma que escuta o coração?<br />Fazei-nos incoerentes com o mundo aparente<br />para sermos unos com a verdade.<br /><br />Senhor, o que é a fé<br />senão a capacidade de ausentar-se<br />de toda distração e desejo<br />e ainda assim inundar-se de esperança?<br />Elevai nossa fé<br />à força do grão de mostarda.<br /><br />Senhor, o que é a bondade<br />senão saber ouvir, ousar, fazer e calar?<br />Fazei-nos mansos como cordeiros<br />e prudentes como serpentes.<br /><br />Senhor, o que seriam as palavras<br />sem a substância da fala<br />e os ecos da alma?<br />Pois nem tudo que se diz<br />é o que se pensa<br />e nem tudo que se pensa<br />é o que se sente.<br />Fazei-nos sábios para falarmos<br />com o coração<br />e sapientes serão todas as palavras.<br /><br />Senhor, o que é a humildade<br />senão o desconhecimento do orgulho?<br />Fazei-nos despojados<br />e cônscios de que nada somos, possuímos.<br />E seja esta nossa maior fortuna.<br /><br />Senhor, o que é o Amor<br />senão a maneira concedida a cada um<br />de cumprir com Vossa Vontade?<br />Fazei com que nossa primeira recordação<br />ao despertar seja o Vosso Nome.<br /><br />Senhor, para o que fomos criados<br />senão para o reencontro?<br />Fazei-nos polidores de espelhos<br />para que neles se reflita o Sol.<br /><br />Senhor, que o Natal<br />seja o contínuo renascer da consciência<br />e Seu Espírito se manifeste<br />nos corações despertos e harmoniosos.<br /><br />Ajudai-nos<br />a sentir o ”sempre” no “instante”,<br />a celebrar o céu dentro de nós,<br />a ser canal do amor sem posse,<br />e ser do amor que passa o amor que fica<br />em cada gesto, em cada despedida,<br />em cada encontro, choro ou riso,<br />o amor que nunca muda<br />e muda tudo: transforma a mão que agride<br />em acalanto<br />e faz do pranto mudo esse sorriso,<br />e do velho sisudo uma criança.<br />E desperta na gente essa certeza<br />de que Deus é o próprio Amor, em sua grandeza,<br />e nós as filigranas dessa EstrelaJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-29044846092089720622010-12-03T14:13:00.000-02:002010-12-03T14:14:33.800-02:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK0YcvP4ly1Fqa8uAKNCsVyZR7bHVa_uN2TpsURuwwThVl-XPaxOEm6Yl4WsoIIL6J8pEi5O0hbJBZTvnGYoTe9Y0UPBivmpn-_WAkC7qjZopyIayg0H7k9MGrJMDt48QN9IFExn7N7Rjp/s1600/A-VERDADE-E.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 301px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK0YcvP4ly1Fqa8uAKNCsVyZR7bHVa_uN2TpsURuwwThVl-XPaxOEm6Yl4WsoIIL6J8pEi5O0hbJBZTvnGYoTe9Y0UPBivmpn-_WAkC7qjZopyIayg0H7k9MGrJMDt48QN9IFExn7N7Rjp/s400/A-VERDADE-E.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546490107376740482" /></a><br />Eu desejo e busco a verdade,<br />ainda que, durante a vida,<br />venha mentindo para e acerca de mim mesmo.<br /><br />Mas sou algumas vezes verdadeiro.<br /><br />O homem comum não pode entender esse fato.<br />E eu, embora em nada melhor<br />que o comum dos homens, sou capaz de compreender.<br /><br />Um profeta rogou ao Criador<br />que lhe mostrasse as coisas<br />como elas realmente são.<br /><br />E a maioria de nós <br />faz da própria imagem a idéia de si mesmo:<br />quero mais que a idéia de mim mesmo.<br /><br />Como pode haver verdade numa idéia,<br />numa bolha que se desfaz,<br />ou no efêmero edifício?<br /><br />Tudo há de ruir, como tudo que passa.<br /><br />O que permanece é a verdade.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-16655053696859743882010-12-03T14:03:00.000-02:002010-12-03T14:05:13.770-02:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-xY2pjgg-uQ5rNfnOoxGwrzG53SuAEappuprxfpvErpe-7gqgQcbZxb9UZLWg5QywwJgHdbZkGPOBaJ09DJmLxRSbAlXhUIBs7PGk8mwc3nVXpg3K0Al_b7uvysGzidfMUz0N8jz1okUi/s1600/noz.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 219px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-xY2pjgg-uQ5rNfnOoxGwrzG53SuAEappuprxfpvErpe-7gqgQcbZxb9UZLWg5QywwJgHdbZkGPOBaJ09DJmLxRSbAlXhUIBs7PGk8mwc3nVXpg3K0Al_b7uvysGzidfMUz0N8jz1okUi/s400/noz.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546487594245329826" /></a><br />Lacaios da usura são os muros caiados da repetição. Dos recorrentes esquemas do pensamento e nossa absurda e fácil rendição a tais esquemas.<br /><br />Nossa rendição a tais esquemas nos faz acreditar que somos somente a casca e não, inclusive, o fruto que a mesma envolve. O grande segredo da noz está no sabor que o fruto segreda em si mesmo. Daí a impertinência da casca em se julgar a própria noz.<br /><br />Somos milhares de cascas andarilhas, perambulando de um lado para outro, sem consciência do próprio fruto, de sua essência de noz, em estado puro.<br /><br />Como muros caiados nos mostramos cheios, quando estamos vazios. Pois a presença do fruto só é sentida quando ocorre antes a lembrança do fruto, culminando no conhecimento da noz, em sua realidade.<br /><br />Mas, porque nos cremos cascas, e porque fomos desde tenra idade treinados e moldados a crer que fomos, somos e seremos eternas cascas, sempre que uma n(v)oz desponta, dizendo “lembrem”, nos viramos e bradamos “louco”!<br /><br />Somos lacaios da usura. Escravos da repetição. Somos muros caiados. Fantoches da convenção. E estaremos em ritos exotéricos e solenidades, hasteando bandeiras e recitando versos, sendo heróis e mercenários. Somos "mobile" de todos esses ritos que nos subtraem de nossa condição e nos levam a pensar que somos “isso”: apenas essa casca sem viço, ostra sem pérola, gota sem oceano.<br /><br />Contudo, ainda que não queiramos, a casca há de se quebrar um dia.Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-21948266424802381442010-11-23T13:17:00.002-02:002015-03-25T11:11:55.510-03:00Tua alma<img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp7qwQ8gFt4RtHH8N4lCx-BxIhN23UOa2M584_kDbGNFTW6IBc91PctD2Ta5K9MM0SGybC9A_X4z4ocNjapkNkJyRMBedn_tRB6pOaa_hxLv0fAFU-XBCjTc-2k9tw3givjoV9tVMsnxse/s400/pantano.jpg" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542764763181823490" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 282px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /><br />
<br />
Entra em minha casa, caminha um tanto mais... e não te impressione este pátio ermo e ressecado - ele é um sinal. Se queres conhecer minha casa, ignora este pátio ermo e ressecado: ele é um sinal.<br />
Se fores capaz de prosseguir, vem então... percorre esta horta abandonada e estes jardins sem flores, eles sao outro aviso... se queres conhecer minha casa, esquece esta horta e estes jardins.<br />
Vem, segue um tanto mais a inspiração que dirige teus passos e repudia os passos que querem dirigir teu coração pois, do contrário, serás incapaz de conhecer minha casa.<br />
Sim, vem por esse pântano, ele esconde a chave que abrirá os portais de minha casa. Se fores capaz, atravessa o lamaçal, com o barro a tocar-te os joelhos... segue, se possível sem perguntar... o barro pode ocultar segredos... e em segredo te direi: "bem-vindo és à minha casa!"<br />
E agora aqui estás, nesta planície, livre de toda paisagem. Uma planície repleta de nada por todos os lados. Se fostes capaz de chegar até aqui fecha agora teus olhos, pois aqui eles são desnecessários.<br />
Deixa que a sensação que te invade te suspenda no vazio e entrega-te a ela... confia, porque estás próximo... agora despede os pensamentos, deixa que tua mente adormeça, porque em minha casa não entram nem pensamentos nem mente.<br />
Abre assim teus verdadeiros olhos e exulta: minha casa és tu mesmo, livre de toda paisagem. Tu és a casa, vazia, sempre vazia, para que, permanentemente, transborde a luz que nela se reflete e a transpassa!<br />
Tu és a casa! Tu és o espelho que se poliu até estampar a imagem do próprio Sol!<br />
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Júlio PolidoroJúlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8963101960209904047.post-14411772380443541492010-11-12T09:19:00.002-02:002010-11-12T09:20:16.600-02:00Loucos de Deus<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmV6d86Eej4NqJ5O1KTM2p2kp4-Ah46sP_cU3A_hOPdI0_Pqvb6i_7rXgR4UJ7G-kb67YNg3LXr0Xp_RreeyKJZu2Qbbn8fi3TDhEwaSYP4QKjMuLZcoAlewjBK3zH6DI_SbCOFkJfgGie/s1600/images.jpeg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 275px; height: 183px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmV6d86Eej4NqJ5O1KTM2p2kp4-Ah46sP_cU3A_hOPdI0_Pqvb6i_7rXgR4UJ7G-kb67YNg3LXr0Xp_RreeyKJZu2Qbbn8fi3TDhEwaSYP4QKjMuLZcoAlewjBK3zH6DI_SbCOFkJfgGie/s400/images.jpeg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538621457503976706" /></a><br /><br />De que equilíbrio falas<br />Sendo o amor a loucura de Deus?<br />Bem sei o mundo como é.<br />Mundo de humana sanidade<br />E tanta desarmonia.<br />Observa o cão:<br />É mais digno que um emir.<br />Emires são de humana sanidade,<br />Observam prescrições, rendem graças,<br />Cumprem ritos formais<br />Com a mente adornada de maldade.<br />São a pantomima da ternura<br />Em um coração impregnado de voracidade.<br /><br />Cães são apenas cães.<br />Cumprem sua destinação.<br />Por isso são insanos para os homens.<br />Cães, contudo, estão plenos de harmonia<br />Na execução de seu destino.<br />Haverá loucura mais sã<br />Do que ter ciência de sua origem e seu fim?<br />Haverá loucura mais amorável<br />Que o olhar de Majnum que não vê outra coisa<br />Que não Laila diante de seus olhos?<br /><br />Eu prefiro ser o cão que ladra pelo caminho<br />O mendigo que esmola o cisco que pisaram os pés do rei<br />Eu prefiro dormir ao relento sob o pálio das estrelas<br />eu prefiro sentir sede, sono e fome<br />e seguir o rastro do meu coração;<br />eu prefiro meu espírito inquieto<br />ao sossego das almas envenenadas.<br /><br />Ouve, escravo da humana sanidade:<br />- livra-te dessa corrente, libera-te,<br />Para ser são nesse mundo precisas da loucura...<br />Somente os loucos do mundo chegaram ao amor de Deus,<br />Somente aqueles que se libertaram das amarras do condicionamento<br />Alcançaram a compreensão de sua origem e destino.<br />Quem já provou desse vinho não tem paz de espírito<br />Sorvendo os sabores insossos do mundo.<br />Desejará, a todo momento, redescobrir a vinha<br />Onde provou da água da vida, o vinho do ser-e-não-ser,<br />O elixir da transcendência.<br /><br />Tenho nos lábios esse sabor,<br />Como se o beijo da amada permanecesse comigo,<br />Como se seu hálito fosse meu hálito,<br />Minha sua respiração.<br />Quando se ama parece que nos tornamos um só;<br />Assim também é com aquele que prova o gosto da verdade:<br />Ele apenas sobrevive às coisas, pois nada mais o alimenta, nem sacia.<br />Sua permanência nesse mundo só se justifica pela e para a busca<br />Do poço da água viva, aquela que jorrará generosa depois de redescoberta.<br /><br />Um homem que encontrou seu destino jamais será o mesmo.<br />Haverá um corpo andante menor que seu hóspede,<br />Como uma concha que carregue uma estrela.<br />Um homem de sanidade é louco nesse mundo.<br />Um homem encontrado anda como um perdido nestas terras.<br />Pois é incapaz de conter a dança do espírito, o giro de sua alma<br />Em sincronia com os astros.<br />Um homem encontrado é, nesse mundo, perdido.<br /><br />Ouve, humanidade insana, o mundo é desequilíbrio:<br />Abençoai a loucura!Júlio Polidorohttp://www.blogger.com/profile/12313301194473991231noreply@blogger.com0