terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A teus pés
Corpos sem lugar
olhares obtusos
jamais hão de enxergar
as mortes que sofri
para viver-te.
E vão se engalanar
faces sem rosto
no semblante
que não vemos
porque todos são iguais.
Morresse bilhões de vezes
e te reconheceria
entre os passantes
porque todos estariam apagados.
Tu somente, luz.
Tu somente, estrela.
E não te perderia
ainda que sumisses
no pó das mutações.
Ainda que gota fosses
entre milhares:
serias uma igual
de todas diferente.
E eu te amaria
mesmo ausente
pois és o selo último;
presença
que se eterniza
fora do tempo.
Júlio Polidoro
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2 comentários:
Muito lindo!!
Obrigado, amiga!
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