sábado, 26 de novembro de 2011
Como o último pó dos astros
Sob o sol de novembro cumpro teus passos.
Irei aonde fores, por meus pés.
Acordo como qualquer homem
que se levanta pela manhã e planeja seu dia.
Mas não há destino para o homem
senão cumprir tua sina.
Carregasse milênios de conhecimento
e seria tua criança, afoita e desejosa.
Tenho um par de pernas e milhões de pensamentos;
viajo sem caminhar, e às vezes caminho.
Como o último pó dos astros
levado ao teu encontro.
Seja como vá
de onde quer que parta
e aonde quer que chegue,
cada ida é ao teu encontro
cada chegada é para encontrar-te
não importa como caminhe.
Sabendo-me tua criança
apenas sigo a sombra que se projeta
antes de mim;
apenas confio... e sigo o fio da tua lembrança.
Na tua lembrança meu destino,
sem fim ou começo.
Somente me engano
quando esqueço de recordar
que, ao sol de qualquer estação,
irei aonde fores, por meus pés.
Júlio Polidoro
sábado, 29 de outubro de 2011
A (in)consciência de si
O ato em si se faz
ainda que penses
como?
Pensas sem saber
quão independente de ti.
E andas por aí
como quem tem respostas;
te comportas
como
quem sabe as perguntas,
ó caiado muro!
E te regalas
dentro desta casca,
pérola olvidada.
Incorporas
tudo que vem de fora
olhos que não janelas
mas saídas emergentes.
Enredado,és refém
do ato que te conduz
a despeito do que penses.
Regalado no engodo
estremece teu corpo
quando a alma diz, sem logro:
- implode a casca,
filho da luz,
e sê maior que o ato,
sê maior que o espaço,
sê maior que o mundo.
Sê como óleo em gota
derramado no papel:
penetra a essência das coisas
descobre teu próprio céu
implode essa casca oca
que abafa teu coração
para, anterior ao ato,
ser último e primeiro!
ainda que penses
como?
Pensas sem saber
quão independente de ti.
E andas por aí
como quem tem respostas;
te comportas
como
quem sabe as perguntas,
ó caiado muro!
E te regalas
dentro desta casca,
pérola olvidada.
Incorporas
tudo que vem de fora
olhos que não janelas
mas saídas emergentes.
Enredado,és refém
do ato que te conduz
a despeito do que penses.
Regalado no engodo
estremece teu corpo
quando a alma diz, sem logro:
- implode a casca,
filho da luz,
e sê maior que o ato,
sê maior que o espaço,
sê maior que o mundo.
Sê como óleo em gota
derramado no papel:
penetra a essência das coisas
descobre teu próprio céu
implode essa casca oca
que abafa teu coração
para, anterior ao ato,
ser último e primeiro!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Empíreo
EMPÍREO
A turva emoção te procurava
em límpidas paragens.
Quis pronunciar teu nome
ante o olhar mais belo.
Quis seguir-te, trôpego, por meus descaminhos,
e dizer-me teu, não sendo,
e dizer-te meu, quando (Eu) não era.
Pois o que queria ainda quero
e o que quero agora, se ainda quiser,
será noutro tempo o querer de agora,
mas... E tu? E tu? E tu, que viajas fora
e que estando dentro fácil não se alcança
e que alcançado longe é, embora
aquele que alcança creia, no momento,
ter-te sem te ter, ainda não te sendo,
pois se um dia for, não terá sido.
Melhor, sei que nada sou, no fundo,
e que sendo nada maior sou que o mundo,
porque nada sendo, que querer preciso?
Extingo esse eu e na extinção diviso
o que procurava refletido:
no meu coração o paraíso.
Júlio Polidoro
Tributo ao silêncio
Quanto mais tagarelo me confundo
tanto mais confundido me atrapalho,
minha língua é refém de ato falho
e eu falho falando a todo mundo
a rota do desejo mais profundo
que fulgura em meus olhos, feito atalho
e permite que os outros, sem trabalho
mais que eu me conheçam, e mais fundo.
Me abster do discurso? Sofro e calo.
Mas calado mais sofro, então eu falo,
mas falando também não me contento.
Eu queria dizer, bem, o que sinto,
quando digo, porém, eu sei que minto,
misturando razão com sentimento.
Júlio Polidoro
tanto mais confundido me atrapalho,
minha língua é refém de ato falho
e eu falho falando a todo mundo
a rota do desejo mais profundo
que fulgura em meus olhos, feito atalho
e permite que os outros, sem trabalho
mais que eu me conheçam, e mais fundo.
Me abster do discurso? Sofro e calo.
Mas calado mais sofro, então eu falo,
mas falando também não me contento.
Eu queria dizer, bem, o que sinto,
quando digo, porém, eu sei que minto,
misturando razão com sentimento.
Júlio Polidoro
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Todos os sóis e estrelas cabem na nossa aspiração...
Me ensina a polir espelhos, Senhor...
...para que se extingam o eu e o tu...
...para que se extingam o eu e o tu...
domingo, 25 de setembro de 2011
Busca ao senhor dos cavalos
Desde que os vislumbrastes, persegues cavalos selvagens. Estão todos ali. Estão todos aí, nos campos da tua mente. Cavalos do pensamento, que correm pelo pasto. O pasto da imaginação. O pasto da tua ação. Em prados que nunca existiram.
Desiste de domá-los. Esquece teus cavalos. Não é este o teu fim. A meta não é domá-los.
Busca ao senhor dos cavalos, perante o qual silenciam, diante do qual rodopiam e se desfazem, feito poeira na bruma... como que gotas de espuma a se desfazerem no mar. Erige ali teu altar, teu nicho de adoração. Estrela vespertina fulgindo no coração, além de toda pastagem, além da imaginação.
Você talvez se agarre a teorias. E acenda archotes que esclareçam a dinâmica da curva. Mas caminhos sinuosos serão sempre assim.
A linha que se estica também se contrai, e se estica novamente, depois de contraída. A curva são espasmos de milhões de retas.
A vida, como a curva, não concede metas. Ela própria é, e retas atropela. Vida é espasmo que não se completa.
Você talvez se pense como sentimento. E ascenda assim sozinho, em vôo místico. Mas teu vôo é teu vôo apenas, não mais que. Ninguém (se) ajustará a tua ascese.
Não há detrás da face um rosto que revele o gosto da verdade: viver é verdade disfarçada. A corda, contraída ou esticada, a corda, como reta ou como curva, a corda como corda, mais nada.
Viver é verdade disfarçada.
Afirmas tudo que te foi negado: suspenso no futuro, no passado, vegetas no presente, sem tu mesmo, vazio de sentido, atordoado, dormitas sobre a arca do tesouro, cedendo mais valia aos próprios trapos, enxergam, mas não vêem os teus olhos.
Saber é arrancar escamas da visão. Como pode ser tua verdade o que um olho crê e o outro abomina?
Além de todas as esquinas só há realidade.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
A sarça é o ser
Nasceste com olhos invertidos.
Nascemos todos assim:
olhos mundanos para dentro,
olhos da alma para fora.
Portanto, se te disserem “cego”, cala-te.
Aquele que tem a sorte de notar tal inversão
pugilará com a própria sombra
até que a mesma se dissipe.
Não é teu destino fazer sombra
senão ser espelho do sol.
Cabe que revolvas teus olhos
até que o universo se alinhe
à visão fecunda da alma.
Se os homens soubessem
abandonavam excessivo fausto:
o que valem mil castelos
ante uma única estrela?
Se os homens soubessem
sentiriam que a sarça
é o sol ardente do espírito.
O que é a posse
senão sombra avistada por olhos inversos?
Na verdade sequer precisas destes olhos.
Revolve-os, até que caiam
e então verás as coisas como são.
Hoje senti o sol de minh’alma
em lapsos de segundos
que ainda não sei prolongar.
Graça ou conquista, não importa,
hoje senti a sarça ardente do meu coração,
a tocha inflada do amor se expandindo do meu peito
e acendendo milhares de piras e constelações!
Hoje, por frações de segundos,
minh’alma ocupou o mundo e seguiu além dele,
o universo aquietou-se no regaço do meu ser,
eu fui o universo e o universo fui eu,
até que segui além de onde
não existe nome, nem palavra.
Então eu não estava em mim, e era.
E sendo eu mesmo, seguia muito além de mim,
e do que fosse possível imaginar.
Hoje, o céu tornou-se meu tugúrio
e o sol regurgitou-se dos meu olhos bem abertos,
feito uma cascata de astros iluminando o desamparo.
Hoje, o Amado fez de meu casebre
o mais suntuoso palácio
e erigiu em meu rincão a mais alta torre,
para alinhar, aos meus olhos,
a bem-aventurada visão da Realidade.
Júlio Polidoro
Nascemos todos assim:
olhos mundanos para dentro,
olhos da alma para fora.
Portanto, se te disserem “cego”, cala-te.
Aquele que tem a sorte de notar tal inversão
pugilará com a própria sombra
até que a mesma se dissipe.
Não é teu destino fazer sombra
senão ser espelho do sol.
Cabe que revolvas teus olhos
até que o universo se alinhe
à visão fecunda da alma.
Se os homens soubessem
abandonavam excessivo fausto:
o que valem mil castelos
ante uma única estrela?
Se os homens soubessem
sentiriam que a sarça
é o sol ardente do espírito.
O que é a posse
senão sombra avistada por olhos inversos?
Na verdade sequer precisas destes olhos.
Revolve-os, até que caiam
e então verás as coisas como são.
Hoje senti o sol de minh’alma
em lapsos de segundos
que ainda não sei prolongar.
Graça ou conquista, não importa,
hoje senti a sarça ardente do meu coração,
a tocha inflada do amor se expandindo do meu peito
e acendendo milhares de piras e constelações!
Hoje, por frações de segundos,
minh’alma ocupou o mundo e seguiu além dele,
o universo aquietou-se no regaço do meu ser,
eu fui o universo e o universo fui eu,
até que segui além de onde
não existe nome, nem palavra.
Então eu não estava em mim, e era.
E sendo eu mesmo, seguia muito além de mim,
e do que fosse possível imaginar.
Hoje, o céu tornou-se meu tugúrio
e o sol regurgitou-se dos meu olhos bem abertos,
feito uma cascata de astros iluminando o desamparo.
Hoje, o Amado fez de meu casebre
o mais suntuoso palácio
e erigiu em meu rincão a mais alta torre,
para alinhar, aos meus olhos,
a bem-aventurada visão da Realidade.
Júlio Polidoro
segunda-feira, 11 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Dois poemas
GESTAÇÃO
O profundo fundo mar absoluto
é uma concha recolhida que ausculto
uma concha de outro mar que se perdeu
uma concha do oceano que era eu
mar imerso no oceano do teu útero
oceano do infinito absoluto
no infinito do cordão umbilical
quando sol eu era, feito sal
da Terra.
MOTO-PERPÉTUO
Nívea nuvem sobre o negro coração
nunca a noite foi tão clara como então.
Nunca o ritmo do rio que retorna
com seu rito repetido se renova
posto que águas abundantes amealhem
comuns cursos que comuns nunca serão.
Passam rios diferentes pelo leito
e meu rosto diferente é o mesmo
pois diversa a imagem ao espelho
não diverge da imagem que não vejo.
Eu aspiro ao que não tenho; o que quero
está longe do que alcanço e postergo
quando alcanço algo outro é meu desejo.
O profundo fundo mar absoluto
é uma concha recolhida que ausculto
uma concha de outro mar que se perdeu
uma concha do oceano que era eu
mar imerso no oceano do teu útero
oceano do infinito absoluto
no infinito do cordão umbilical
quando sol eu era, feito sal
da Terra.
MOTO-PERPÉTUO
Nívea nuvem sobre o negro coração
nunca a noite foi tão clara como então.
Nunca o ritmo do rio que retorna
com seu rito repetido se renova
posto que águas abundantes amealhem
comuns cursos que comuns nunca serão.
Passam rios diferentes pelo leito
e meu rosto diferente é o mesmo
pois diversa a imagem ao espelho
não diverge da imagem que não vejo.
Eu aspiro ao que não tenho; o que quero
está longe do que alcanço e postergo
quando alcanço algo outro é meu desejo.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Ecoa em mim o som da flauta de bambu...
E a lágrima que escorre pela face desce pela nuvem,
E os braços fortes do vento são os que embalam a criança,
E o verme que consome a morte é o que alimenta a vida.
Aqui um velho falece ali nasce um pequenino,
Os ombros que se curvam são aqueles que se abrem,
O sol que queima o rosto também beija a lua.
Então eu compreendo a vida quando ecoa a flauta...
Porque, dentro de mim, não há mais nada.
A flauta quando toca me separa
De tudo que não sou e aí sou tudo
E tudo a mim se mostra de maneira clara.
Assim a flauta ecoa sem passado,
A flauta ecoa assim sem ter futuro,
Além do que é agora não há nada.
Se a flauta ecoa em mim me desconheço,
Aquele que a ouve sou e é mais que eu,
Aquele que a ouve é a própria flauta,
Aquele que a ouve é a melodia,
Aquele que a ouve é sua alma.
A flauta quando ecoa é sua alma
Na alma que há em mim e em tudo à volta.
O mundo é sua alma e sua flauta.
Assim percebo a vida que não vejo
Com olhos que não tenho
E ouço a melodia sem ouvidos
Porque, dentro de mim não há mais nada.
A mesma coisa encerram ocaso e alvorada,
A música que há em mim é a mesma que te embala.
Da flauta de bambu ecoa a lágrima
Que desce pela nuvem e pela face
E quando se encontram outro sol nasce
E tudo se aquieta, nada se separa.
Eu ouço o som da flauta e agora entendo
além do que eu pense, ou compreenda,
E além do que eu sinta, ou me emocione,
O som da flauta une a quem separa
E muitas tantas são as árias,
Sim as árias
Que ecoam numa só
Eternamente,
A flauta que ecoa em nossas almas.
E a lágrima que escorre pela face desce pela nuvem,
E os braços fortes do vento são os que embalam a criança,
E o verme que consome a morte é o que alimenta a vida.
Aqui um velho falece ali nasce um pequenino,
Os ombros que se curvam são aqueles que se abrem,
O sol que queima o rosto também beija a lua.
Então eu compreendo a vida quando ecoa a flauta...
Porque, dentro de mim, não há mais nada.
A flauta quando toca me separa
De tudo que não sou e aí sou tudo
E tudo a mim se mostra de maneira clara.
Assim a flauta ecoa sem passado,
A flauta ecoa assim sem ter futuro,
Além do que é agora não há nada.
Se a flauta ecoa em mim me desconheço,
Aquele que a ouve sou e é mais que eu,
Aquele que a ouve é a própria flauta,
Aquele que a ouve é a melodia,
Aquele que a ouve é sua alma.
A flauta quando ecoa é sua alma
Na alma que há em mim e em tudo à volta.
O mundo é sua alma e sua flauta.
Assim percebo a vida que não vejo
Com olhos que não tenho
E ouço a melodia sem ouvidos
Porque, dentro de mim não há mais nada.
A mesma coisa encerram ocaso e alvorada,
A música que há em mim é a mesma que te embala.
Da flauta de bambu ecoa a lágrima
Que desce pela nuvem e pela face
E quando se encontram outro sol nasce
E tudo se aquieta, nada se separa.
Eu ouço o som da flauta e agora entendo
além do que eu pense, ou compreenda,
E além do que eu sinta, ou me emocione,
O som da flauta une a quem separa
E muitas tantas são as árias,
Sim as árias
Que ecoam numa só
Eternamente,
A flauta que ecoa em nossas almas.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Seio de Minas
Eu nasci no celeiro da arte
No berço mineiro
Sou do campo da serra
Onde impera o minério de ferro
Eu carrego comigo no sangue
Um dom verdadeiro
De cantar melodias de Minas
No Brasil inteiro
Sou das Minas de ouro
Das montanhas Gerais
Eu sou filha dos montes
Das estradas reais
Meu caminho primeiro
Vi brotar dessa fonte
Sou do seio de Minas
Nesse estado um diamante.
The Verve - One day
Talvez um dia nós iremos dançar novamente
Sob os céus em fogo
Talvez um dia voce ame novamente
Amor que nunca morre
Um dia talvez voce verá a terra
Tocará a areia
Voce esteve nadando no mar solitário
Sem companhia
Oh, voce não quer encontrar?
Não consegue ouvir essa beleza na vida?
As estradas, as montanhas, atravessando sua vida?
Não consegue ouvir essa beleza na vida?
Talvez um dia voce vá chorar novamente
Como uma criança
Voce tem que se amarrar ao mastro, meu amigo
E a tempestade vai terminar
Oh,voce não quer encontrar?
Não consegue ouvir essa beleza na vida?
As estradas,as montanhas,atravessando sua vida?
Não consegue ouvir essa beleza na vida?
Oh, você está com tanto medo de tocar,
Tanto medo que irá gostar tanto,
As estradas,as montanhas,atravessando sua vida?
Não consegue ouvir essa beleza na vida?
Talvez um dia eu dance novamente
Um dia eu amarei novamente
Um dia nós dançaremos novamente
Você sabe que tem
que se amarrar ao mastro meu amigo
E a tempestade vai terminar
Um dia você amará de novo
Você tem que se amarrar ao mastro meu amigo
E a tempestade vai terminar
domingo, 23 de janeiro de 2011
Amar é não ter escolha
Amar é ter todas as opções e apenas uma escolha...
Quando você descobre que não há escolha
que importância pode haver
neste ou naquele atalho
se todos vão dar no mesmo?
A escolha é quem te escolhe
então duvide da mente
duvide do mundo
duvide das pessoas
e acolha o que diz o coração.
Quando não há escolha
você apenas ouve na alma
os sussurros da vida
e segue...
Quando se coloca a intenção
com toda a ternura do ser
o caminho se abre como janelas
para um céu de promissão
e realidade aqui, agora...
O céu se abre quando cessa a escolha.
A vida inteira você tem oscilado
entre sim e não, isto e aquilo.
Durante toda a vida você tem sido
escravo da dúvida:
ora acatando a resposta
que outros deram por você,
ora acolhendo sem questionar
meras opiniões.
Como você pôde ser refém por tanto tempo?
E acolher tantas respostas
que não lhe dizem respeito
quando sequer sabia pronunciar as perguntas?
Como pôde você ter se enganado assim?
Ó, para aquele que deu um único passo real
não existe mais opção, nem retorno...
Ao olhar seus pares humanos
enxergará além de seus olhos, e não será visto;
falar-lhes-á da não escolha
mas não será ouvido;
tocar-lhes-á com dedos da alma
e não será sentido.
Este é o nexo de
estar no mundo sem ser do mundo.
Aqueles que poderiam vê-lo
não estarão por perto.
Aqueles que poderiam ouvi-lo
não terão como responder.
Aqueles que o sentiriam
não poderão atestar.
Não como fazem olhos, ouvidos
e tatos desse mundo.
Aqueles que dele sabem
estarão longe, e tão perto
(e ele sabendo daqueles).
Irmãos do caminho são solitários,
mas cheios da presença;
porque ultrapassaram a dúvida
e todos os atalhos.
Ah, o caminho do amor
é como a luz de todas as estrelas
e seu brilho a única alternativa.
Amar é não ter nenhuma escolha.
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