sábado, 29 de outubro de 2011

A (in)consciência de si

O ato em si se faz
ainda que penses
como?

Pensas sem saber
quão independente de ti.

E andas por aí
como quem tem respostas;
te comportas
como
quem sabe as perguntas,
ó caiado muro!

E te regalas
dentro desta casca,
pérola olvidada.

Incorporas
tudo que vem de fora
olhos que não janelas
mas saídas emergentes.

Enredado,és refém
do ato que te conduz
a despeito do que penses.

Regalado no engodo
estremece teu corpo
quando a alma diz, sem logro:
- implode a casca,
filho da luz,
e sê maior que o ato,
sê maior que o espaço,
sê maior que o mundo.

Sê como óleo em gota
derramado no papel:
penetra a essência das coisas
descobre teu próprio céu
implode essa casca oca
que abafa teu coração
para, anterior ao ato,
ser último e primeiro!

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