sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A nau de mim

Movo moinhos de vento, alço altiplanuras, barco à deriva que ruma para nenhum lugar... A minha casa afastada, a minha casa distante, é um hierofante nas ágoras do cais. Eu, sem destino certo, miro o meu reflexo, sobre as águas do mar. E, na voragem da espuma, minha imagem se perde, para de novo se armar.
Em cada porto um aceno, de mãos suspensas no ar, que os corpos abandonaram, feito espectros, sós. São sombras da despedida, de quem levou-se na ida, e nunca mais voltará...

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