quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tudo passa

Se triste estou aí invento mil paisagens de alumbramento: tosquio ovelhas do meu rebanho, antes que a mão, imersa em sonho, tosquie outras, noutro lugar. Espio a pia, donde goteja a gota efêmera que cai e finda na terra funda da qual se esvai... Uma aranha, de longas pernas (será que ela também sonha?) consegue, enfim, caçar o inseto (será que ele também sofre?). Jato de areia dessas paredes desenha caras, carantonhas, formas medonhas ou ordinárias, conforme a luz. E tantos quadros, se seguem a outros, e tantas coisas se misturando, que me esqueço que no começo só inventava porque entristeço de vez em quando...

Nenhum comentário: